Curiosidades de BH: o sobrenatural no imaginário mineiro

Como toda cidade grande, um dia, Belo Horizonte já foi pequenina. E, como toda cidade mineira que se preze, as curiosidades de BH extrapolam o limite do provável e do possível. Isso é bem comum por essas bandas. Tudo bem, a maioria dos lugarejos e vilas têm lá os seus fantasmas e assombrações de estimação, não é verdade? 

Desde seu início, BH vem acumulando excelentes causos: fáceis de serem contados e difíceis de serem confirmados. Pudera, as pessoas daqui são muito religiosas e tendem a não questionar muito o causos absurdo e também os chamados os fenômenos sobrenaturais. 

Neste texto, vamos contar a história de algumas curiosidades de BH para que você, caro leitor, possa conhecer um pouco mais de nossas histórias, tradições e causos inusitados, ok? Acompanha no texto e boa leitura!

Lendas urbanas, os personagens míticos de MG

Ora, são mais de 120 anos de história. Faz muito tempo desde que Curral del Rey surgiu  em Minas Gerais. De lá pra cá, muita história boa foi contada. Assombrações nasceram e morreram no imaginário do povo que, vez ou outra, voltam a lembrá-las e a contar sobre elas em tom soturno e confidencial. 

Algumas dessas histórias são estranhamente inexplicáveis. Você deve se lembrar muito bem do ET de Varginha, certo? A TV Globo fez uma série de reportagens que nunca refutou a existência do alien, as moças que viram a criatura nunca mais se recuperaram e Varginha, naquele momento, foi invadida de carros oficiais e engravatados que falavam inglês. A cidade, inclusive, sofreu até fechamento de estradas.  

Em Lagoa Bonita, distrito de Cordisburgo, na região da gruta do Maquiné, o fantasma tem até nome: Fulosina. A lenda conta que Fulosina, uma velha dona de escravos muito mesquinha e cruel, voltou para assombrar as escuras estradas de terra que até hoje não receberam iluminação pública. 

Ela se manifesta em forma de uma estranha luminosidade que ataca os viajantes mais distraídos e desavisados. No caso, a população local acredita tanto no fantasma que é realmente raro ver alguém nas ruas a noite. 

Em Ouro Preto, cidade muito mística para os sensitivos, também existe fantasma e assombração. Há relatos de vozes e gritos nas senzalas vazias, fenômenos sobrenaturais nos prédios coloniais e aparições realmente arrepiantes. 

Um morador, certa vez me contou que viu um escravo (sim, em pleno séc. XXI), descendo a ladeira com uma pesada tina de madeira às costas. Provavelmente, era uma manifestação sobrenatural para denunciar os males da escravidão que foi tão presente na antiga capital do Império. 

Curiosidades de BH, nossas queridas lendas urbanas

Loira do Bonfim

O bairro Bonfim é vizinho ao centro de BH. Muito antigamente, era considerado periférico, tanto que o cemitério foi ali construído como é de costume nas tradicionais e antigas cidades católicas do estado mineiro. 

Ali próximo, principalmente na rua Guaicurus, surgiram os primeiros prostíbulos, cabarés e bodegas. Os trabalhadores da rede ferroviária, da prefeitura e da construção civil iam para aquelas bandas para se embriagar e curtir os princípios do que se tornaria a capital nacional dos bares.

Nesse clima de libido e embriaguez surgiu a figura da loira. A lenda conta que a bela moça era uma noiva que foi abandonada no altar por seu amado. Não suportando a decepção e vergonha para sua família, já que a sociedade da época era ainda mais tradicional que a atual, a jovem se matou. 

Então, os relatos diziam o seguinte: a loira seduzia os boemios do centro da cidade nas madrugadas e os convidava para uma visita em sua casa. Ao desembarcarem no bairro Bonfim, a loira se dirigia ao cemitério e dizia que ali era sua morada. 

Ainda hoje, há quem defenda que, vira e mexe, a noiva abandonada ainda prega algumas peças nos vadios e adúlteros do baixo centro de BH. Segundo a lenda, ela seria muito apegada aos bens materiais em vida e, por isso, é obcecada com o cemitério que acabou virando o seu lar. 

Capeta da Vilarinho

A razão nos diz que a avenida Vilarinho é assombrada pela dura realidade. Quando chove, tudo alaga e comerciantes perdem produtos e moradores seus pertences. Um verdadeiro pesadelo, né?

Mas, a nossa lenda diz respeito a um outro tipo de sonho ruim. Tudo começou na década de 80 e o palco foi as Quadras do Vilarinho. O lugar sempre foi reservado para festas noturnas com muita dança e agitação. Na época, até concursos de dança em dupla a casa promovia.

Foi nesse cenário que surgiu um homem de chapéu branco, alto, loiro, muito bonito e um exímio dançarino. Claro, as mocinhas ficaram encantadas, o tal sujeito se apresentou como Alex. Uma das garotas, talvez a mais apaixonada, propôs que os dois dançassem juntos no concurso e o bonitão logo aceitou.

Tudo ia muito bem, a vitória era praticamente certa quando algo horrível aconteceu. Alex titubeou e deixou seu elegante chapéu cair revelando um par de chifres proeminentes, era o próprio capeta! A parceira de dança ficou apavorada fazendo com que seu parceiro se mandasse às pressas para o banheiro das Quadras do Vilarinho. 

Quando os seguranças e amigos da moça conseguiram arrombar a porta, não havia ninguém dentro do banheiro, apenas fumaça e um estranho cheiro de enxofre! Essas curiosidades de BH são mesmo assustadoras, concorda? 

A maldição do Palácio da Liberdade

Esse caso é um dos mais antigos e estranhos dentre as misteriosas curiosidades de BH. Maria Papuda é a protagonista desta desconcertante história. Belo Horizonte crescia muito rapidamente e, sua localização privilegiada, fez com que a capital do estado fosse transferida de Ouro Preto para cá. 

A velha senhora morava em um casebre no terreno que a Comissão Construtora da Nova Capital escolheu para construir o palácio que abrigaria nossos governadores estaduais. A Comissão desabrigou a Papuda que, muito a contragosto, se retirou do terreno.

Não sem antes proferir uma terrível maldição que assustaria os mineiros da capital logo nos anos subsequentes. Ela profetizou a morte daqueles que ocupariam o Palácio da Liberdade e aterrorizou os cidadãos mais supersticiosos: Silviano Brandão morreu em 1902 e João Pinheiro em 1908. 

Ambos faleceram nas dependências da casa oficial, logo nos primórdios da construção da cidade, contribuindo ainda mais para acender o imaginário popular. Depois disso, os presidentes Raul Soares e Olegário Maciel também faleceram no interior do Palácio da Liberdade. 

Puxa, as curiosidade de BH que separamos são realmente bem estranhas, não é verdade? É claro que existem muitas outras lendas e contos interessantes, mas agora, pelo menos, você já conhece as mais interessantes! 

Se gostou do texto, curta, compartilhe e deixe seu comentário nos contando qual outra lenda urbana você conhece! Abraços e até a próxima. 

 

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Sobre Trem Azul Hostel em BH

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